quinta-feira, 7 de abril de 2011

Conferência Arqueologia Colonial























A Universidade de Évora (Departamento de História) teve o prazer de ouvir uma conferência do Prof. Arno A. Kern (Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre) - "O impacto das práticas missionárias nas Missões Jesuítico-guaranis: da aldeia guarani ao núcleo urbano colonial" - que abordou questões relacionadas com a História/Arqueologia Colonial no Brasil (etnoarqueologia), nomeadamente as relações dos Guaranis com os portugueses e os espanhóis, no Sul do Brasil.

Algumas ideias merecem, a meu ver, especial destaque:
- a evolução deste povo: viviam na pré-história (instrumentos de pedra, cerâmicas feitas à mão; caça, recolecção; agricultura de base familiar) e passaram directamente para o período Barroco, séc. XVII/XVIII  (ideias, metalurgia do ferro; novas técnicas agrícolas, novas plantas, novos animais, novas arquitecturas...);
- a fundação de novas cidades, no limites dos estados em expansão, provocou interessantes contactos entre as etnias locais e os europeus (portugueses e espanhóis);
- O Sul do Brasil era, também, uma fronteira tensa, em guerra: índigenas contra índigenas; índigenas contra europeus; portugueses contra espanhóis...
- o povoamento dos Guaranis: longas casas rectangulares, que albergavam toda a família, dispostas de forma ovalada, com espaço central livre...
- para os Guaranis o nascer do Sol (Quarai) significa o renascer da vida; a noite representa o mundo das trevas, da morte;
- a agricultura pertence à mulher. Porquê? Porque o acto de criação de nova vida é da mulher, quer seja vida humana, quer seja a vida vegetal...
- ao homem cabe-lhes executar as tarefas duras: cortar árvores, ir à caça/pesca, defender a aldeia.

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